Gloria Maria deixa legado de “humanização” ao Jornalismo

Quando este que vos escreve estava no seu tempo de faculdade, vi uma vez uma professora, que não vale a pena ser citada aqui, criticar a forma que Gloria Maria se entregava às suas reportagens. Coisa de quem vivia – e há quem ainda queira viver!- em um jornalismo tom pastel, xoxo, à frente de um leitor de temprompter (o famoso TP) e sentenciando aos profissionais de humanas se comportassem como verdadeiros robôs.

Que bom que boa parte desse raciocínio ficou pra trás. A humanização da nossa atividade vem crescendo cada vez mais. Sim, somos pessoas comuns como leitores, telespectadores, internautas e qualquer outro consumidor de uma nova plataforma que venha existir. Sentimos raiva, repulsa, ranço, medo, alegria, frio, fome, desapreço e qualquer outro sentimento que possa existir.

O jornalismo brasileiro deve esse start à humanização na produção de conteúdo e informação à Gloria Maria. Antes mesmo de Tik Tok, Instagram ou qualquer rede social, lá estava Gloria com o que tinha de mais precioso em seu gabarito profissional: sendo ela mesma, vivendo e mostrando a sua face diante dos desafios. E não eram poucos!

Com medo de passar de um balão pro outro, ou com frio terrível nas águas da Noruega, tragando um cachimbo doido na Jamaica, fazendo ginástica na estreia do Bom Dia Rio ou vendo seu brinco rasgando sua orelha, durante um ao vivo do Fantástico, a notícia e a personificação de que o jornalista é um ser de verdade estavam lado a lado.

Gloria deixa sua marca às mulheres, sendo a primeira negra com destaque no jornalismo televisivo brasileiro, e um legado de tendência de conteúdo aos colegas e ao público.

Inesquecível e eterna.

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Imagem [capa]: Divulgação / TV Globo

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