Se tem uma emissora que não pode reclamar de desempenho de público durante a pandemia do novo coronavírus é a Band. Há dois meses, alguns horários da programação têm prendido a atenção do público.
O mais evidente de todos é o crescimento do Brasil Urgente, que ostenta a maior audiência da emissora há mais de uma década.
Sempre na casa dos 5-6 pontos, Datena tem dado voos mais altos e atingiu, recentemente, picos de 8, e beliscado a vice-liderança em diversos momentos. Números que o SBT, por exemplo, tem tido dificuldades de chegar no horário vespertino.
É verdade que alguns fatores ajudaram Datena. O primeiro deles é ter mais públcio em casa cumprindo quarentena. Entretanto, esse fator é preponderante para todas as emissoras de TV.
Além disso, nos últimos dias, Datena tem apostado em pautas de alto interesse popular, como o auxílio emergencial da Caixa.
Por falar em governo, Datena foi a única emissora a mostrar em tempo real a liberação das imagens da fatídica reunião ministerial de Bolsonaro na última sexta-feira (22). Nenhuma emissora em TV aberta adotou a prática.
Entretanto, é preciso lembrar que o afastamento de Sikêra Júnior tem dado uma força ao bom desempenho do Brasil Urgente. O dono do Alerta Nacional volta esta semana e deve espalhar o público, parte dele com a Band.
OUTROS PRODUTOS EM ALTA
O mesmo vale para o Jornal da Band, que vem aproveitando a alta de Datena e atingindo 5 pontos. Antes da pandemia, em bons dias, oscilava entre 3 e, nos melhores dias, batia 4.
O Melhor da Tarde, de Cátia Fonseca, também tem se dado bem durante a pandemia e atingindo audiência sempre acima dos 2 pontos de audiência. Antes da pandemia, oscilava entre 1,5, e nos melhores dias, superava os 2.
Até as ‘lives’ no Youtube fizeram sucesso na Band. A de Daniel no Dia das Mães (10 de maio), fez a emissora atingir picos de 6 pontos em pleno domingo. A de Gusttavo Lima (22 de maio), bateu 4 pontos e garantiu a terceira posição à emissora em alguns momentos.
E, por fim, o polêmico Aqui na Band também conseguiu dobrar a sua audiência. Antes da pandemia vivia no traço (abaixo do 1 ponto) e hoje chega, com menos dificuldade, a 1,2.