Band dá tratamento “VIP” ao Carioca, após passar despercebido na Record: análise

“Alguém viu o Campeonato Carioca por aí?”. Esse foi o sentimento de uma fatia dos telespectadores durante as duas temporadas em que o estadual do Rio esteve na Record, após a competição ser transmitida por décadas na Globo.

Em uma análise fria e focando apenas em números do Kantar Ibope, certamente, muitos vão dizer que matematicamente o desempenho entre Band e Record é praticamente o mesmo. Não estarão mentindo. Só que nem sempre os números refletem os fatos, especialmente quando observamos ações que valorizem o produto.

Alguns pontos precisam ser levados em consideração e merecem destaques. Dois, em especial: o alcance de público superior que a Record ostenta no Rio de Janeiro em relação à Band e a forma como a emissora do Morumbi está tratando o produto que alguns ainda insistem em batizar de “o campeonato mais charmoso do Brasil”.

Passando despercebida em boa parte do dia sob o olhar do telespectador carioca, a Band quadruplicou sua audiência neste sábado (14), exibindo Resende 0 x 2 Fluminense, feito que já havia sido estabelecido na estreia do Carioca, com Flamengo x Audax.

Antes com pré e pós-jogos habitualmente de cinco minutos, agora, os telespectadores podem, com calma, ir migrando de canal com a devida calma durante os 30 minutos de “abre o jogo” no Carioca na Band. Um latifúndio de tempo, especialmente falando-se de TV aberta.

Além disso, a emissora destinou sete profissionais para comandar as honrarias de abertura: dois apresentadores, sempre Glenda Kozlowski e Getúlio Vargas (o GV), um narrador, dois comentaristas e dois repórteres no gramado. Todo mundo “in loco”.

Até aqui, toda a equipe viajando e transmitindo jogo no estádio, coisa que nunca aconteceu na Record. Embaixo de um calor de 40 graus, todos estiveram no Raulino de Oliveira, neste sábado (14), em Volta Redonda (RJ), trabalhando em um estádio raiz: sentindo muito calor, com direito a terno e gravata, e diante de pouca estrutura. Também enfrentaram forte chuva no Maracanã na quinta-feira (12).

Sem esquecer, claro, do púlpito de acrílico que virou moda nas transmissões esportivas, após “mamãe” Globo usá-los na Copa do Mundo. Vale lembrar que não foi a emissora líder de audiência que “inventou a moda”, mas após ter usado durante o Mundial, parece ter virado tendência em modelos de transmissão no Brasil.

Lembram do tal cronômetro de futebol no meio da tela? Foi a mesma coisa, no fim da década retrasada. Algo do tipo.

Outro ponto a favor da Band é o ‘looping’ de jogos na TV aberta, o que dá a sensação ao torcedor que não tem condições de pagar tudo o que é pay-per-view disponível e, assim assistir a mais jogos de graça. Detalhe: em rede nacional.

Em uma crise iminente e críticas sobre a qualidade dos estaduais, a Band, ao menos, está conseguindo tirar proveitos de alguns ganchos para quem curte o esporte na TV. Ganham todos.

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Imagem [capa]: Reprodução TV

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