Crítica: Leilane, eles não sabem o que dizem… Não sabem nem o que é ponto de interrogação

Uma simples pergunta: “Policiais de folga devem reagir a assaltos?”. Um ponto de interrogação no meio do caminho. Apenas uma reflexão. Tudo isso foi suficiente para se tornar um escândalo e uma sala de debates nas principais redes sociais.

Leilane Neubarth, âncora experiente e renomada da ‘Globo News’, viu-se em um turbilhão de opiniões após um print ganhar a ‘graça’ e ser mal colocado nas redes sociais. Pois bem, vamos tratar dele e de algumas funções do jornalismo.

Inicialmente, atribuíram à jornalista a formulação da frase, que não lhe pertencia. Afinal, já bem atarefada tendo que conduzir o jornal oralmente, fica difícil, ainda, conseguir digitar os caracteres da edição. Embora não concluído, fazer esse exercício de associação parecia bem fácil.

Vamos ao complexo. A frase, que foi redigida por um editor, possuía um ponto de interrogação no seu fim. Ou seja, apenas instigava o público a ampliar o debate. Em vez de se aterem ao contexto correto, muitos dos internautas preferiram trocar o bom diálogo por pedras. Cada um dá o que tem a oferecer, diz o ditado.

Duro é finalizar e ver que gente da imprensa utilize seus colegas como palanque. Trabalham a ênclise gramatical arrotando cultura, entretanto não enxergam a pontuação no meio do nariz. Optam pelas frases curtas, em tom sensacional, na contramão de construir uma sociedade pensante. Lamentável.

Leilane, eles não sabem o que dizem. Não sabem mesmo, de verdade. Você foi uma jornalista de verdade, atuante e ética. Do resto, a caravana passa.

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