A carnavalesca e comentarista Maria Augusta Rodrigues faleceu nesta sexta-feira (11), aos 83 anos, em decorrência de falência múltipla de órgãos. Ela estava internada desde junho no Hospital São Lucas, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, enquanto tratava um câncer.
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Respeitada também fora da avenida, foi professora aposentada da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e jurada do tradicional troféu Estandarte de Ouro. Também atuou como comentarista do Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro na Globo, entre o fim dos anos 90 e início dos anos 2000.
Com uma trajetória marcante no carnaval carioca, Maria Augusta iniciou sua carreira em 1968 no Salgueiro, sob comando de Fernando Pamplona. Destacou-se no histórico desfile de 1971 com o enredo “Festa para um Rei Negro”, que se tornou um marco na história da escola e do samba.
Carreira de Maria Augusta ainda reúne outras grandes escolas
Maria Augusta contribuiu para desfiles memoráveis, como os da União da Ilha do Governador. Foi responsável por inovações no espetáculo carnavalesco, como no enredo “Domingo” (1977). O desfile marcou época ao utilizar todas as cores em um desfile de escola de samba, algo inédito até então. No ano seguinte, emocionou o público com “O Amanhã”, que se tornou um clássico do carnaval.
Além da “Revolução Salgueirense” e da consolidação da União da Ilha como potência carnavalesca, Maria Augusta teve passagens por outras agremiações, como Tradição, Paraíso do Tuiuti e Beija-Flor
Em seu último carnaval, foi homenageada pela escola de samba mirim Aprendizes do Salgueiro na Marquês de Sapucaí, reconhecimento por sua contribuição inestimável à cultura e à arte do samba.
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Imagem: Reprodução